Projects we love – Dee and Tommy Hilfiger

We are here for the weather, the art, and the palm trees. Most of all we’re for the fun.

Razões mais do que suficientes para Dee e Tommy Hilfiger comprarem 14000 metros quadrados na maravilhosa costa de Miami. Neste caso em particular o tamanho importou e muito, este seria o espaço para acomodar uma enorme coleção de arte que há muito estava guardada, nenhuma das suas outras casas tinha a envolvência certa para as mostrar, também por esta razão tenham escolhido Martin Lawrence Bullard para a tarefa. Martin deu cartas da sua competência e criatividade na casa da Elton John e deixou atrás de si um rasto de originalidade que parece impossível de não querer seguir. Sobre o casal o designer tinha noção do elevado sentido estético que possuíam, sendo a sua tarefa transformar essa visão em interiores vibrantes e atraentes.

Cá para nós e antes de começarmos a descrever este projeto com inúmeros nomes de designers de renome, que fique bem claro que com esta vista nós já nos contentávamos com uma barraquinha. E vocês?

A ideia era tornar esta casa numa galeria de arte ao mesmo tempo que era trespassada pela loucura dos anos 60 e 70, na febre do disco.  As cadeiras “cityscape” do designer americano Paul Evans e a mesa de jantar desenhada sobre a mesma influência são as peças cruciais que acentuam a ideia de decadência tão implícita à era do disco sound. O vermelho, o amarelo e o padrão zig zag preto do tapete formam uma mistura explosiva de cores e personalidade.

Quando Tommy foi confrontado sobre as opções criativas que foram tomadas no processo, nomeadamente se tinham caído no exagero, o designer de moda responde: “No processo fui tendo memórias da altura do Studio 24, por isso quando a Dee e o Martin apareceram com uma bola de cristal enorme de um clube de Capri, eu respondi… VENHA DAÍ”. Tommy tinha razão, esta imagem parece retirada de um grande clube de Miami.

Este chão às riscas pretas e brancas é simplesmente um SHOW. O retrato é da musa Elizabeth Taylor pelos olhos do brasileiro Vik Muniz’s. O artista usa materiais improváveis como lixo, restos de demolições, açúcar ou até chocolate para os transformar em arte.

Atendendo ao carácter da intervenção de Martin, a cozinha parece-nos ser a divisão mais clean deste projeto, mas nem por isso menos bela. Os bancos em acrílico e pêlo de borrego da Mongólia são do designer Willy Rizzo e o candeeiro dourado dos anos 70 de Robert Sonneman. Esta mansão parece um desfile de alta costura do design. É delicioso ver como a maioria das peças vintage escolhidas continuam atuais e cheias de classe.

A cama e a plataforma abaixo dela foi coberta com um enorme manto de pêlo de borrego da Mongólia, uma homenagem ao símbolo chic parisiense Batty Catroux, O papel geométrico prateado é da Astek Wallcovering. A mesa do designer e o sofá de Valdimir Kagan. O teto platinado em folha de prata já conhecíamos da casa de Elton John.

Este quarto de banho tem uma pinta. É a prova que padrões diferentes no mesmo espaço resultam e que peças de arte ficam bem em qualquer lado, “think outside the box”.

Este é o quarto de banho de Dee. Bem mais feminino.

Tendo em consideração que a família é composta por sete crianças e que esta casa se pretendia convidativa para reuniões familiares, Martin conseguiu arrancar-nos o “wow” nos quartos das crianças. São memoráveis, simplesmente fabulosos. Consegue imaginar o orgulho do seu filho a mostrar um quarto assim aos seus amigos?

Quem se lembraria de colocar este papel de parede num quarto de banho. É uma criação da Flavor Paper e tem cheirinho a banana. “Want to smell my banana?”.

Martin tem uma visão diferente e refrescante.

 O escritório de Tommy foi um tributo à marca Hilfiger, embora a tenha vendido há alguns anos, continua o seu diretor criativo. Para mais impacto Bullard escolheu um trabalho de Jean Dubuffet nas mesmas cores, azul, vermelho e branco.

A alma da casa é a sala de estar, tudo parece brilhar em todo o seu esplendor. Os sofás de Vladimir Kagan são intemporais, A enorme pintura de Worhol e Basquiat “brings all together”, existem expressões que fazem mais sentido em inglês e esta é uma delas. Nada aqui parece demais. Não há nada mais realizador para um designer que saber que as suas obras causam impacto e que raramente serão esquecidas.

A expressão “tenho medo de me cansar” trará sempre consigo a generalidade de todas as casas, sem nada que nos caracterize realmente, é como viver um amor assim assim para o resto das nossas vidas.

Martyn Lawrence Bullard, deu origem ao nosso primeiro “Projects we love – Elton John e David Furnish “.

In love, with love.

 

 

 

 

 

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